quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

INCLUSÃO ESCOLAR: UMA EXPERIÊNCIA PRÁTICA

Palavras-chave: Educação; Inclusão; Experiência.
Este relato é fruto de estudos e observações realizadas ao longo dos anos, tanto na rede regular de ensino como em instituição de ensino especializado e intervenção prática em uma turma de 7 anos. Entre os alunos dessa turma, há alguns que apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem e se encontram em diferentes etapas de desenvolvimento. Nesse sentido, pretendo refletir sobre a experiência de inclusão com os mesmos. Para iniciar o processo de alfabetização, foi realizada uma sondagem sobre os conhecimentos prévios, visando descobrir os níveis de desenvolvimento da turma, segundo Piaget e as hipóteses de escrita segundo Emília Ferreiro, seguida de questionamentos à direção e famílias sobre o meio social dos alunos. Após a análise desses dados, houve a necessidade de encaminhar alguns alunos aos seguintes atendimentos: oftalmologia, fonoaudiologia, psicologia, AEE – Atendimento Educacional Especializado, além de apoio pedagógico/SOS e plano de intervenção. As famílias foram envolvidas no processo educacional sendo esclarecidas sobre a necessidade dos atendimentos, a proposta metodológica e a necessidade do comprometimento com a vida escolar dos filhos. Como a turma apresenta diferentes etapas de desenvolvimento, o currículo trabalhado com todos é o mesmo, porém os objetivos propostos são individualizados, ou seja, é avaliado o que o aluno consegue fazer de acordo com os objetivos propostos para o mesmo. Por exemplo: Se o tema gerador da aula for “casa”, o mesmo será explorado com toda a turma, porém as atividades poderão ser assim divididas: produção de texto, produção de frases, escrita da palavra, leitura das letras, identificação de vogais/consoante... gradativamente, utilizando recursos que facilitem e dêem sentido à aprendizagem, de acordo com as necessidades individuais. Há o respeito ao desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, sem correr o risco de pular etapas importantes, na alfabetização. Com o decorrer do processo é percebido que os alunos apresentam uma boa evolução, socialização, pois se ajudam mutuamente e sentem-se incluídos. Essa experiência se finda somente com o término do ano letivo de 2010, porém, os resultados alcançados já são satisfatórios. Os alunos que poderiam estar segregados, hoje, são naturalmente incluídos e fazem parte do processo educacional. Nessa perspectiva, concluo que a inclusão é realmente um desafio, e para que aconteça, o conhecimento teórico é de fundamental importância, sendo necessário haver predisposição e sensibilização do docente em conhecer os alunos em todas as suas limitações, anseios e capacidades.
Helena A. D. A. Souza

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

II FESTIVAL DE CONTADORES DE HISTÓRIA

30/09/2010 - Vinte e oito pessoas disputaram nesta quarta-feira o II Festival de Contadores de História


Vinte oito alunos e profissionais da educação das escolas municipais de Uberaba disputaram o II Festival de Contadores de História. A competição realizada pela Prefeitura Municipal, por meio do Departamento Cultural da Secretaria de Educação e Cultura, aconteceu nesta quarta-feira, dia 29, no anfiteatro do Centro Administrativo.
As categorias disputadas foram: infantil, infanto-juvenil e profissional. Das onze crianças que disputaram a categoria infantil, Ian Lucas de Assis da Motta, aluno da escola Municipal Professora Stella Chaves, conquistou o primeiro lugar com o texto O Galinho Marvado, de Hugo Prata.
No segundo lugar ficou o aluno da Escola Municipal Celina Soares de Paiva, José Alberto da Silva Lopes de Almeida, que apresentou Cansanção, de Francisco Marques. O terceiro Lugar ficou com a aluna da Escola Municipal Boa Vista, Maria Eduarda Vieira Porcino Prata, que contou a história O Menino Maluquinho, de Ziraldo.
Na categoria infanto-juvenil, ganhou a disputa também entre onze concorrentes, Ressier Camargo Soares Silva, da Escola Municipal Celina Soares de Paiva, com o conto Romeu e Julieta, de Ruth Rocha. O segundo lugar ficou para a aluna da Escola Municipal Stella Chaves, Gabriela Martines Gabriel, que apresentou o conto A Formiguinha e a Neve, de João de Barro. O terceiro lugar ficou para a aluna da Escola Municipal Uberaba, Déborah Ramos de Souza, que contou a fábula Maria Vai com as Outras.
Na categoria profissional da educação, a disputa foi entre seis concorrentes. O primeiro lugar foi conquistado por Divina de Fátima Garcia, bibliotecária da Escola Municipal Professora Niza Marquês Guarita, que apresentou Menina bonita de laço de fita, de Ana Maria Machado.
O segundo lugar ficou para o professor de Educação Física da Escola Municipal Maria Lourencina Palmério, Marcos Gonçalves Rezende com a apresentação de Salamelingui, de Mery Weiss. A terceira colocação ficou com a professora da Escola Municipal Uberaba, Helena Aparecida Dadá de Almeida Souza, com o conto "Alguém está vendo você".
CONTO ADAPTADO:
Texto adaptado a partir do conto, “Alguém está vendo você”, retirado de “O Livro das Virtudes para Crianças”, organizado por William J. Bennett, ilustrado por Michael Hague e traduzido por Lia Neiva.




ALGUÉM ESTÁ VENDO VOCÊ
( não é o texto original é uma adaptação)

Certa vez, um homem resolveu invadir as lavouras de milho de um vizinho para roubar um pouco de milho para alimentar as galinhas. “Se eu tirar um pouco de milho de cada lavoura, ninguém irá perceber”, pensou. “Mas reunirei uma grande quantidade de milho. Assim, não precisarei ter o trabalho de plantar, cultivar uma lavoura de milho ou mesmo gastar dinheiro para comprá-lo”. 
Então ele esperou a lavoura crescer, o milho secar na espiga e quando surgiu uma noite bem escura, quando grossas nuvens cobriam a lua, ele saiu às escondidas de casa, levando consigo sua filha mais nova.
___ Filha – ele sussurrou __, fique de guarda para o caso de alguém aparecer.
O homem entrou silenciosamente no primeiro campo e começou a colheita. Logo depois, a criança gritou ansiosa:
___ Papai, alguém está vendo você!
O homem olhou em volta, sem ver ninguém: juntou então o milho roubado e seguiu adiante para a segunda lavoura.
O homem estava colhendo o milho, quando novamente ouviu os gritos desesperados da filha.
___ Papai, alguém está vendo você!
O homem se assustou olhou para um lado, para o outro, para trás e para frente, mas não viu nenhuma pessoa. Por isso, pegou o milho roubado e foi para a última lavoura.
E, novamente no meio da colheita de milho ouviu a filha gritar novamente:
___ Papai, papai alguém está vendo você!
O homem parou a colheita, olhou para todos os lados e, mais uma vez, não viu nenhuma pessoa.
Então, muito zangado e com um olhar enfurecido ele se dirigiu à filha e perguntou:
___ Por que você fica mentindo, dizendo que alguém está me vendo? Já olhei para todos os lados e não vejo ninguém.
Então, a filha desconsolada, olhou para o pai e respondeu :
___ Papai, alguém está vendo você lá de cima.
Nesse momento o pai cai aos pés da filha em prantos, envergonhado e pede perdão à filha pela sua atitude.
A filha o levanta pela mão, dá um abraço carinhoso e fala:
___ Papai, que bom que o senhor compreendeu!

A partir desse dia aquele homem percebeu que nenhuma ação passa despercebida e que acreditando nisso, agimos melhor.

ESSE CONTO É MUITO INTERESSANTE, POIS COM ELE PODEMOS REFLETIR COM OS ALUNOS SOBRE VALORES.
A ADAPTAÇÃO SE DEVE A NECESSIDADE DE APROXIMAR A LINGUAGEM DO TEXTO À REALIDADE E ENTENDIMENTO DOS ALUNOS.

É UM CONTO MUITO BOM PARA TRABALHAR EM SALA DE AULA. E COM MUITA CRIATIVIDADE O PROFESSOR PODERÁ ADAPTÁ-LO À SUA TURMA.